Informe 001/2010-2012 - Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações_BH

05/11/2010 17:59

 

Associação dos Geógrafos Brasileiros

Seção Local de Belo Horizonte – MG

Entidade de Utilidade Pública pelo Decreto Municipal n° 8245/95

 

E-mail: bh@agb.org.br

Visite nosso site: https://agb-belohorizonte.webnode.com.br/

 

 

1- Fórum Permanente de Apoio e Solidariedade às Ocupações Urbanas de BH

 

1.1- Manifesto em defesa das comunidades ameaçadas de despejo forçado


 

FORÚM PERMANENTE DE SOLIDARIEDADE ÀS OCUPAÇÕES_BH

Ao povo de Belo Horizonte, do Brasil e do mundo:

A capital de Minas Gerais poderá ser palco de um verdadeiro massacre contra milhares de famílias que vivem nas comunidades Camilo Torres (Barreiro), Irmã Dorothy I (Barreiro), Irmã Dorothy II (Barreiro), Conjunto Águas Claras (Barreiro), Dandara (Céu Azul), Recanto UFMG (av Antônio Carlos) e Torres Gêmeas (Santa Tereza). O tribunal de Justiça de Minas Gerais, ofendendo as leis e a própria Constituição, determinou que a Polícia Militar jogasse nas ruas as famílias que moram nessas ocupações, demolindo suas casas, sem oferecer nenhuma alternativa digna. Por outro lado, a prefeitura e o governo estadual lavaram as mãos como se não tivessem nada a ver com o problema habitacional e com a penúria em que vive o povo pobre de periferia. Resumindo, as autoridades mineiras tratam a luta das organizações populares e dos movimentos sociais como caso de polícia, negando-se ao diálogo e ao entendimento. Diante disso, é preciso esclarecer essa situação para que a população de Belo Horizonte não permita que mais uma grande injustiça manche a História da nossa cidade e do nosso estado.

1º – Essas comunidades foram construídas e organizadas em imóveis e terrenos que estavam completamente abandonados, com grande dívida de impostos e sem cumprir a função social da propriedade (CF/88, art. 5º, inc. XXIII). Por isso, são áreas que poderiam perfeitamente ser desapropriadas mediante indenização e destinadas para fins de moradia popular, conforme prevê a lei;

2º – O direito à moradia e à segurança da posse está acima do direito de propriedade, sobretudo quando o direito de propriedade é exercido em prejuízo da coletividade. As áreas onde se localizam as comunidades Camilo Torres, Irmã Dorothy I, Irmã Dorothy II, Águas Claras, Dandara e Recanto UFMG serviam aos interesses da especulação imobiliária que tanto domina e prejudica nossa cidade;

3º – A atual política habitacional da Prefeitura e do Governo estadual é excludente e não contempla as reais necessidades. É essa política que os movimentos e organizações populares pretendem transformar por meio de sua luta legítima. Atualmente, mais de 90% das famílias sem casa possui renda mensal abaixo de 3 salários mínimos. Sabe quantas unidades habitacionais foram construídas em BH pelo Programa Minha Casa, Minha Vida para essa faixa de renda mais pobre da população? NENHUMA!

4º – A cidade de Belo Horizonte está cada vez mais refém da lógica de expulsão massiva dos pobres para as periferias mais distantes da região metropolitana. Com a Copa do Mundo isso pode piorar muito. Somando as famílias que vivem nas comunidades citadas com as famílias no entorno do Anel Rodoviário (ex.: Vila da Paz, Vila da Luz, etc.) e outras comunidades que a Prefeitura e o Estado pretendem remover (ex.: Conjunto União- Serra Verde, Novo Lajedo, Vila São Bento etc.), chegamos ao número absurdo de mais de 20.000 (vinte mil) pessoas que poderão perder suas casas nos próximos meses na cidade de Belo Horizonte. É importante salientar que em Belo Horizonte e região metropolitana existe um déficit habitacional de 173 mil unidades, segundo pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro.

5º – As mulheres ocupantes, além de se sujeitarem a dupla e tripla jornada de trabalho, têm de lidar com a responsabilidade de, muitas vezes, serem as únicas responsáveis por lutar por moradia e todos os direitos de sua família. As mulheres ainda sofrem com a violência, com a humilhação e opressão em todos os níveis. Fundamental ressaltar é a presença massiva e combativa de todas elas na linha de frente da batalha pela garantia do direito fundamental à moradia e pela construção de uma nova sociedade na qual nem elas nem a classe trabalhadora sejam oprimidas de tal forma.

6° – As famílias que vivem nas comunidades Camilo Torres, Irmã Dorothy I, Irmã Dorothy II, Águas Claras, Dandara, Recanto UFMG e Torres Gêmeas exigem respeito e cobram a abertura imediata de mesas de negociação com o Poder Público tendo em vista as inúmeras possibilidades de solução digna do conflito. Caso contrário, estamos diante de um MASSACRE ANUNCIADO, pois essas famílias estão dispostas a doarem suas vidas para não abrir mão de sua dignidade.

Por tudo isso, as entidades, organizações, movimentos e pessoas que assinam esse manifesto reforçam o grito de protesto contra os despejos e apelam para que o diálogo e o entendimento prevaleçam sobre a intolerância e o descaso.

Contra as remoções forçadas, em luta pelo Direito à Cidade!

Assinam este  Manifesto do Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações_BH:

AGB-BH; AMES-BH; ANEL / Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre; Brigadas Populares; Casa de Candomblé Omokorins do Ile de Oxaguian; Centro Cultural Manoel Lisboa de Moura; Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais; Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG; Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos; Comitê de Amigos do MST-Itália; Comitê Catarinense Pró-memória; Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial; CSP-Conlutas nacional (Central Sindical e Popular nacional); Coordenação do Quilombo do Papagaio 2010; CTB; Central Única dos Trabalhadores / CUT; D.A. Carlos Drummond de Andrade (Letras – UFMG); D.A. Design UEMG; D.A. Face-UFMG; D.A. FaE-UEMG; DCE Anhanguera; DCE UNA-BH; Diretoria de Universidades Públicas da UNE; FSDM (Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais); Fórum Metrô/Fórum Metropolitano de Educação de Jovens e Adultos de BH; Forum Mineiro de Direitos Humanos; Grupo de Beco; Grupo de amigos e famílias de pessoas em privação de liberdade; Grupo Tortura Nunca Mais – RJ; Instituto de Direitos Humanos; Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania / IHG; Mães de Maio – SP; Metabase de Congonhas e Ouro Preto; MLB; Movimento Quilombo Raça e Classe; Movimento Mulheres em Luta – MML; Movimento Nacional de Direitos Humanos – Regional Minas Gerais; Movimento Negro Unificado / MNU-MG; MTST; Observatório das Violências Policiais-SP; Partido Comunista Brasileiro – PCB; Partido Comunista Revolucionário – PCR; Programa Pólos de Cidadania; PSOL-Bauru; Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU; Rede de comunidades e movimentos contra a violência-RJ; Rede de Solidariedade das Ocupações Dandara Irmã Dorothy e Camilo Torres; Sind-Massas – Contagem; Movimento Luta de Classes; SIND-REDE; SIND-UTE-MG; SINDEESS-BH;Síndess de Itajubá; Síndess Divinópolis; Sindicato dos Metalúrgicos de Araxá; Sindicato dos metalúrgicos de Divinópolis; Sindicato dos metalúrgicos de Governador Valadares; Sindicato dos metalúrgicos de Itabira; Sindicato dos metalúrgicos de Itajubá e Paraisópolis; Sindicato dos metalúrgicos de Itaúna; Sindicato dos metalúrgicos de Ouro Preto; Sindicato dos metalúrgicos de Pirapora; Sindicato dos metalúrgicos de São João Del Rei; Sindicato dos metalúrgicos de Três Marias; Sindicato dos metalúrgicos de Várzea da Palma; Sindicato dos metalúrgicos dePatos de Minas; Sindicato servidores públicos de Várzea da Palma; Síntend Divinópolis; Sindicato dos Advogados de Minas Gerais; Tribunal Popular: o Estado no banco dos réus; União da Juventude Comunista / UJC; União da Juventude Rebelião / UJR.

 

1.2- Manifestação em defesa das comunidades ameaçadas de despejo forçado

 

A capital de Minas Gerais poderá ser palco de um verdadeiro massacre contra milhares de famílias que vivem nas comunidades Camilo Torres (Barreiro), Irmã Dorothy I (Barreiro), Irmã Dorothy II (Barreiro), Conjunto Águas Claras (Barreiro), Dandara (Céu Azul), Recanto UFMG (av. Antônio Carlos) e Torres Gêmeas (Santa Tereza). O tribunal de Justiça de Minas Gerais, ofendendo as leis e a própria Constituição, determinou que a Polícia Militar jogasse nas ruas as famílias que moram nessas ocupações, demolindo suas casas, sem oferecer nenhuma alternativa digna. Por outro lado, a prefeitura e o governo estadual lavaram as mãos como se não tivessem nada a ver com o problema habitacional e com a penúria em que vive o povo pobre de periferia. Resumindo, as autoridades mineiras tratam a luta das organizações populares e dos movimentos sociais como caso de polícia, negando-se ao diálogo e ao entendimento. Diante disso, na sexta-feira – dia 05/11 às 16 horas concentração na Praça Sete em Belo Horizonte faremos um ato em defesa das comunidades ameaçadas.

Neste dia será lançado o Manifesto em defesa das comunidade ameaçadas de despejo forçado. Segue em anexo convocatória e o manifesto.

Contra as remoções forçadas, em luta pelo Direito à Cidade!

FORÚM PERMANENTE DE SOLIDARIEDADE ÀS OCUPAÇÕES_BH

Contatos:solidariedadeocupacoesbh.wordpress.com

Para assinar o manifesto envie um e-mail para:solidariedadeocupacoesbh@gmail.com

Apoie essa causa você também!

Participe!

 

2- Eventos

2.1-Seminário “Trabalho e Mobilidade na produção do espaço brasileiro”


 

O seminário ocorre entre os dias 10 e 13 de Novembro de 2010, no Instituto de Geociências na Universidade Federal de Minas Gerais e é organizado pelos estudantes da disciplina Ambulo Ergo Sum em parceria com a Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Local Belo Horizonte.

A inscrição é feita gratuitamente entre os dias 18 de outubro e 10 de novembro através do e-mail:seminarioergosum@gmail.com

Para acessar o cartaz do Evento com a programação completa clique aqui

Organização:

Ambulo Ergo Sum/IGC/UFMG

Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Local Belo Horizonte

2.2- Seminário de Pesquisa: “Trabalho Docente na Educação Básica no Brasil”

8 e 9 de novembro de 2010

 

Na Faculdade de Educação (FAE) da UFMG (Campus Pamulha), em Belo Horizonte, MG

 

Maiores informações em https://www.fae.ufmg.br/gestrado/files/seminariotdp2010.pdf

 

2.3 -CICLO DE CONFERÊNCIAS SOCIALISMO & EDUCAÇÃO

22 e 23 de novembro de 2010

Universidade Federal de Minas Gerais

Identificação / Histórico do evento


 

O Núcleo de Estudos sobre Trabalho e Educação da UFMG; a Linha de Pesquisa Política, Trabalho e Formação Humana do Programa de Pós-graduação: Conhecimento e Inclusão Social em Educação da UFMG e o Instituto Caio Prado Jr. Minas Gerais criaram o “Ciclo de Conferências Socialismo e Educação” como estratégia de propiciar um espaço de interlocução da produção acadêmico-científica realizada por diferentes pesquisadores. Neste sentido os objetivos do Ciclo de Conferências serão:

  • Fortalecer as linhas de pesquisa que desenvolvem investigações na interface da problemática Socialismo e Educação.

  • Proporcionar a discussão e reflexão sobre o atual estágio das pesquisas sobre o tema.

  • Promover intercâmbio de experiências e pesquisas na área, possibilitando congregar pesquisadores e estudiosos de diferentes instituições.

  • Propiciar aos participantes um espaço para a problematização e elaboração de novos conhecimentos e campos de análise para suas investigações.

  • Incentivar a produção e socialização de pesquisas e resultados sobre o tema proposto.


 

  1. Entidades Promotoras

Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da UFMG (NETE-UFMG)

Linha de Pesquisa Política, Trabalho e Formação Humana do Programa de Pós-graduação: Conhecimento e Inclusão Social em Educação da UFMG.

Instituto Caio Prado Jr. Minas Gerais

Associação dos Geógrafos do Brasil – seção local – BH.

DA FaE – UFMG – Walquíria Afonso Costa


 

  1. Coordenação do Evento

ANTÔNIO JÚLIO DE MENEZES NETO (UFMG)

HORMINDO PEREIRA DE SOUZA JUNIOR (UFMG)

PABLO LUIZ DE OLIVEIRA LIMA (UFMG)


 

  1. Data

22 e 23 de novembro de 2010


 

  1. Local de realização:


 

O Ciclo de Conferências Socialismo e Educação ocorrera na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.


 

  1. Público Alvo


 

  • pesquisadores da área de trabalho e educação e Socialismo e Educação

  • alunos de mestrado e doutorado que estejam desenvolvendo pesquisas na área;

  • alunos da graduação e bolsistas de Iniciação Científica envolvidos em pesquisa nos temas ligados à área de trabalho e educação e Socialismo e Educação.

  • professores, trabalhadores, sindicalistas e assessores sindicais envolvidos em experiências inovadoras voltadas para a problemática proposta.

  • interessados dos movimentos sociais em geral.


 

  1. Programa / Cronograma


 

CICLO DE CONFERÊNCIAS SOCIALISMO & EDUCAÇÃO

HORÁRIO

ATIVIDADE

Dia 22 de Novembro de 2010

08h30 às 12h00

Mesa-redonda 1: Lênin: a política como educação revolucionária

 

Prof. Dr. Antônio Carlos Mazzeo (UNESP-Marilia)

 

Prof. Sérgio Miranda (Ex. Dep. Federal)

 

Coordenação: Prof. Dr. Antônio Júlio de Menezes Neto (UFMG)

14h00 às 17h30

 

Dia 22 de Novembro de 2010

 

 

Mesa-redonda 2: O Marxismo na América Latina: Caio Prado, Paulo Freire e

 

Mariátegui.

 

Prof. Dr. Antônio Júlio de Menezes Neto (UFMG)

 

Prof. Dr. Pablo Lima (UFMG)

 

 

Coordenação: Mestrando Fernando Conde (UFMG)

 

08h30 às 12h00

Dia 23 de Novembro de 2010

Mesa-redonda 3: Gramsci e a escola unitária. Althusser e os aparelhos ideológicos.

 

Professora Doutora Rosemery Dore (UFMG)

 

Prof. Dr. Walter Evangelista (UFMG)

 

Coordenação: Doutoranda Adilene Gonçalves Quaresma (UFMG)

 

14h00 às 17h30

Dia 23 de Novembro de 2010

Mesa-redonda 4: Marx, Trabalho, práxis e educação

 

Prof. Hormindo Júnior (UFMG)

 

Prof. Ms. Paulo Denisar Fraga – UNIFAL – MG.

 

Coordenação: Graduanda em Pedagogia Aryanne Martins Oliveira (UFMG).